- Luis Cubilla é um dos poucos vencedores da CONMEBOL Libertadores como jogador e treinador.
- Ele tem seis títulos internacionais como jogador do Peñarol e do Nacional, e sete como treinador, todos com o Olímpia.
Se falamos de lendas do futebol sul-americano e de grandes personagens históricos que formaram a Glória Eterna, sem dúvida o nome de Luis Cubilla é um dos mais importantes que nos vem à mente.
O uruguaio não foi apenas um jogador fundamental no Peñarol para ganhar a primeira CONMEBOL Libertadores da história, disputada em 1960, mas também marcou o gol na Final que deu ao time uruguaio o título contra o Olímpia, clube onde, anos mais tarde, terminaria recebendo seu primeiro título continental como treinador, depois de tê-lo arrancado da equipe como jogador.
Além da CONMEBOL Libertadores de 1960, Cubilla também conquistou a do ano seguinte e a segunda Copa Intercontinental disputada na história, contra o Benfica de Portugal em 1961.
Depois de seu sucesso no Peñarol, ele passou a jogar no Barcelona da Espanha e voltou à América do Sul para vestir a camisa do River Plate da Argentina, antes de se mudar para o outro lado de Montevidéu para jogar pelo Nacional.
Com o ‘Bolso’ ele ergueu mais duas CONMEBOL Libertadores, outra Intercontinental e uma Copa Interamericana, levando sua contagem para seis títulos internacionais no campo de jogo. Passou a jogar pelo Santiago Wanderes do Chile e se aposentou com o Defensor Sporting em 1976, quando ganhou o primeiro campeonato uruguaio conquistado por um time que não fosse o Peñarol ou o Nacional na era profissional.
O talentoso, rápido e magnífico artilheiro, jogava como ‘wing’ direito com características inatas para o drible e as anotações de gols, também jogou na seleção uruguaia, chegando a disputar 3 Copas do Mundo (Chile 1962, México 1970 e Alemanha 1974).
Em 1979 chegou ao Olímpia do Paraguai para estrear como técnico sob o comando do presidente Osvaldo Domínguez Dibb. Os jogadores daquela equipe dizem que Cubilla, ao chegar, disse “Estou aqui para ser campeão da Libertadores com o Olímpia”, e cumpriu meses depois ao vencer o Boca Juniors na Final no ‘La Bombonera’, tornando-se o terceiro em conseguir essa proeza como jogador e treinador, lista à qual mais tarde se somaram, por exemplo, Nery Pumpido, Marcelo Gallardo ou Renato Gaúcho.
Nessa mesma temporada levou o ‘Franjeado’ ao topo do mundo ao conseguir o título de campeão da Copa Intercontinental e da Interamericana.
Em 1990 voltou a conquistar a Glória Eterna e a Supercopa Sul-Americana, o que deu direito a Cubilla e ao Olímpia de ganhar a CONMEBOL Recopa sem jogá-la, título que conquistou novamente em 2003 com o clube de Assunção.
Durante esses anos, venceu o campeonato paraguaio oito vezes com o Olímpia e uma vez o torneio uruguaio dirigindo o Peñarol.
Também dirigiu, entre outros, o Newell’s Old Boys, Atlético Nacional, River Plate da Argentina, Racing de Avellaneda, Cerro Porteño e Barcelona do Equador, em uma extensa carreira na qual também desempenhou o papel de treinador da seleção de seu país, participando de duas CONMEBOL Copa América (Chile 1991 e Equador 1993).
Luis Cubilla faleceu em Assunção, Paraguai, em 3 de março de 2013, deixando um enorme legado para o futebol sul-americano, com sua participação bem sucedida por décadas nos torneios mais importantes a nível continental desde o início, como jogador e como técnico do clube Olímpia, onde é lembrado como uma das maiores lendas da história da instituição e os torcedores são gratos por ter dado ao clube sua linhagem vencedora.
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