- A jovem colombiana de 17 anos já disputou 249 minutos na CONMEBOL Copa América Feminina.
- Caicedo é uma estrela emergente e este ano disputará sua primeira Copa do Mundo.
O sorriso, a leveza, a rebeldia de suas pernas, a bola que rola entre suas chuteiras e escuta todas as indicações de seus pés. Linda Caicedo joga e o verbo assume outra dimensão. Ela se diverte enquanto seus fãs a apreciam na equipe principal, mas também na seleção sub-17. O fato é que a craque colombiana acaba de fazer 17 anos em fevereiro. Depois da Copa América, terá pela frente nada menos que dois Mundiais juvenis, na Índia e na Costa Rica. Um talento sem idade.
Contra o Equador, ela acertou na rede o que havia gerado nos três jogos das anfitriãs nesta CONMEBOL Copa América Feminina 2022, na qual são as líderes do Grupo A com pontuação ideal. A Colômbia precisava dela e ela respondeu com um gol fundamental para as esperanças de sua equipe.
💎 El tiki-tiki colombiano y la definición de lujo de 𝗟𝗶𝗻𝗱𝗮 𝗖𝗮𝗶𝗰𝗲𝗱𝗼
— CONMEBOL Copa América™️ (@CopaAmerica) July 18, 2022
¡Golazo de Colombia! 🇨🇴#CAFem | #VibraElContinente pic.twitter.com/GRlSoqiMUy
Caicedo jogou nada menos do que 249 minutos, sempre entrando ao campo de jogo no onze titular colombiano. Além de seu gol sobre a ‘Tri’, tem um índice de 83,6% passes completos e 15 dribles bem sucedidos, sendo líder junto com a boliviana Marilín Rojas.
🔝 El futuro es hoy y se llama ¡𝗟𝗜𝗡𝗗𝗔 𝗟𝗜𝗭𝗘𝗧𝗛 𝗖𝗔𝗜𝗖𝗘𝗗𝗢 𝗔𝗟𝗘𝗚𝗥𝗜́𝗔! 🇨🇴🔥
— CONMEBOL Copa América™️ (@CopaAmerica) July 19, 2022
#CAFem #VibraElContinente pic.twitter.com/gchlf6Gczs
Linda Lizeth Caicedo Alegría nasceu em Cali e ali começou a mostrar seus dotes com a bola aos cinco anos de idade. Não demorou muito para que a talentosa menina fosse descoberta pelo clube Real Juanchito de Villagorgona em Valle del Cauca. Começou jogando com meninos, uma paixão que não herdou de seus pais, Herlinda Alegría e Mauricio Caicedo, porque, como ela mesma conta-, nenhum deles jogou futebol, mas a apoiaram em seu sonho, que sempre foi claro.
A ‘vallecaucana’ passou do Deportivo Atlas CP e do Valle del Cauca direto para o futebol maior, fazendo sua estreia com a camisa do América de Cali, aos 14 anos de idade. Lá estava Catalina Usme, grande referência e agora novamente sua colega na seleção. Em sua estreia com as ‘escarlates’, marcou um gol sobre o Cortuluá. Na verdade, a palavra de três letras é muito pequena para ela, porque foi uma excelente definição, a primeira de muitas.
Naquele dia começaram a chamá-la de “Neymar”, por seus dribles, alegria no campo e gestos técnicos de qualidade. Foi a artilheira do torneio, com sete gols (um no jogo de ida da final) e o título. Após o sucesso de 2019, trocou de camisa e, agora no Deportivo Cali, tornou-se campeã mais uma vez em 2021. E realizou seu sonho de jogar em sua primeira CONMEBOL Copa Libertadores Feminina.
![](https://copaamerica.com/wp-content/uploads/52210785760_026b4bc216_k.jpg)
Este 2022 foi seu ano de brilhar com as cores da seleção cafeteira, uma camisa que lhe encaixa perfeitamente. Primeiro, faltando pouco para fazer 17 anos, foi fundamental para ajudar a Colômbia a se classificar para a Copa do Mundo Feminina Sub-17 da FIFA, que será realizada na Índia em outubro. Perdeu a CONMEBOL Feminina Sub-20 devido uma lesão, mas sua equipe conseguiu o boleto para o Mundial Feminino Sub-20 da FIFA, que será na Costa Rica em agosto e poderia tê-la novamente em suas fileiras.
A CONMEBOL Copa América Feminina, agora com a equipe absoluta, é um passo a mais em uma carreira meteórica que parece não ter limites. Seu frescor, seus movimentos harmoniosos, seu descaramento em levar a bola das adversárias com o dobro de sua idade, a confiança em enfrentar qualquer rival é sempre a mesma. «Para uma jogadora tão jovem que está em processo de aprendizagem, parece que ela é mais velha porque entende muito bem o jogo, pois sabe trabalhar em equipe, é um grande orgulho para nós que Linda Caicedo seja colombiana», disse Faustino Asprilla.
![](https://copaamerica.com/wp-content/uploads/17_07_2022_CA_FEM_2022_ECUADOR_VS_COLOMBIA_Foto_Staff_images_Woman-9.jpg)
«Ela tem a mesma personalidade que eu, igual quando eu enfrentava e ia para a frente do gol, já tinha o gol na cabeça e não tinha medo de driblar, de fazer coisas ousadas, porque tem jogadoras que não sabem como fazer ou têm medo, ela está acima do bem e do mal», acrescentou ‘Tino’. Grandes palavras de uma estrela para uma jogadora que está a caminho de se tornar uma também.
Texto: Claudia Villapun
Edición CONMEBOL.com