O treinador argentino Héctor Cúper cumpriu sua primeira missão com a seleção do Egito, superando a primeira fase da Copa da África das Nações (CAN-2017), com seu estilo eficaz de 'velha escola', com a qual espera eliminar Marrocos neste domingo pelas quartas de final.
Será um duelo norteafricano com dois treinadores de prestígio, já que no comando dos marroquinos está o francês Hervé Renard, um dos maiores nomes desta edição.
Cuper, 61 anos, foi nomeado em 2015 para o banco do "Faraós", com a missão de reverdecer os louros de uma equipe que foi sete vezes campeã continental, o que faz dela estar em primeiro no palmarés.
Em sua história no banco, Cuper não pôde conseguir grandes títulos, embora chegou a roçá-los. Foi vice-campeão da Copa do Rei (1998) e da Recopa da Europa com o Mallorca (1999) e duas vezes vice-campeão da Liga dos Campeões com o Valência (2000, 2001). Ficou ainda em segundo lugar na Série A em 2003, com o Inter de Milão.
Será que esta Copa da África o fim da maldição para Cuper?
Por agora, a Argentina conseguiu transmitir aos seus pupilos uma identidade própria com um jogo às vezes pouco vistoso mas com a ordem defensiva e grande combatividade.
Na fase de grupos, os egípcios não receberam nenhum gol. Depois de empatar 0-0 contra Mali, ganhou por 1-0 da Uganda e Gana.
"O futebol moderno agora é sempre um futebol ofensivo", disse o egípcio Ahmed Al-Muhammadi, do inglês Hull City, à AFP. "Mas ele é um pouco diferente, um pouco da velha escola", indica.
Hazem El Hawary, diretor da Federação Egípcia e chefe de sua delegação nacional na CAN 2017 no Gabão, destacou o rótulo próprio que conseguiu sua seleção com Cúper como capitão do barco.
"Todo mundo pode ver o que ele está fazendo. Ele ensinou os jogadores a se organizarem, tem um sistema que não muda e os jogadores o seguem", resumiu El Hawary à AFP.
por Andy SCOTT: AFP
Foto: AFP
Edição: conmebol.com