- As seleções da Argentina e da Itália entrarão na briga pela Finalíssima nesta quarta-feira, um duelo entre os campeões da América do Sul e da Europa.
- A partida promete ser espetacular tendo em jogo a Copa dos Campeões da CONMEBOL-UEFA, uma adaptação do último troféu levantado por Diego Maradona, há quase 40 anos.
Argentina e Itália, duas campeãs mundiais, jogarão pela Finalíssima nesta quarta-feira às 19h45 hora local (18:45h GMT) em Londres, uma competição entre os atuais monarcas da América do Sul e da Europa.
Seguindo o exemplo da Copa Artemio Franchi, disputada duas vezes (1985 e 1993), a CONMEBOL e a UEFA, no âmbito de suas boas relações em um acordo de colaboração, decidem dar nova vida a um torneio que vai decidir quem será a ‘Supercampeã’ entre as duas confederações de maior tradição e história do futebol mundial.
Argentina venceu a Copa Artemio Franchi de 1993, com Diego Maradona na seleção superando a Dinamarca nos pênaltis em Mar del Plata. Agora, a ‘Albiceleste’ (ARG) aspira erguer mais um troféu intercontinental, há menos de um ano após a conquista da Conmebol Copa América disputada no Brasil.
A Itália ganhou o direito de estar nesta Finalíssima ao conquistar a Eurocopa em julho do ano passado, batendo a Inglaterra na Final nos pênaltis em Wembley, precisamente no estádio onde a partida desta quarta-feira será disputada, sob o comando da arbitragem do chileno Piero Maza.
– Um novo troféu para a ‘Albiceleste’ (ARG) –
Com novo ímpeto, sob a direção do técnico Lionel Scaloni, a Argentina se classificou sem dificuldades para a Copa do Mundo e no último jogo contra o Equador (1-1), em março, conseguiu igualar seu recorde oficial de partidas consecutivas sem perder, com as 31 alcançadas pela equipe de Alfio Basile entre 1991 e 1993.
A ‘Scaloneta’ pode agora deixar essa marca para trás, quase três décadas depois. “Temos que estar preparados para saber que pode vir um momento de dificuldade, embora agora tudo tenha vindo de vento em popa”, afirmou Scaloni.
Para a Itália, a situação é muito diferente. O título na Eurocopa e uma sequência de 37 jogos sem perder, entre setembro de 2018 e outubro de 2021, desencadearam a euforia da ‘Azzurra’ (ITA), mas a animação foi interrompida quando a seleção italiana perdeu para a Espanha nas Semifinais da Liga das Nações e especialmente quando caiu nas eliminatórias para a próxima Copa do Mundo, assim como aconteceu quando buscava uma classificação para a Copa na Rússia-2018.
– A despedida de Chiellini –
O técnico Roberto Mancini enfrenta agora uma fase em que precisa devolver a emoção aos italianos.
Por enquanto, para esta Finalíssima e para os outros duelos da seleção em junho, na Liga das Nações, optou por um grupo tradicional, destacando o retorno de Leonardo Spinazzola, que foi um dos homens de destaque da equipe na última Eurocopa mas que ficou de fora quase toda a temporada por causa de uma lesão.
O lendário Giorgio Chiellini (37 anos), por sua vez, aspira se despedir da seleção italiana com um troféu, no que será seu 117º e último jogo com sua seleção nacional.
Figuras italianas como Ciro Immobile ou Federico Chiesa não jogarão devido a lesões.
– Antecedentes –
- Esta será a terceira edição da Finalíssima, que coloca a campeã sul-americana contra uma europeia. Anteriormente, a França derrotou o Uruguai por 2-0 em 1985 e a Argentina fez o mesmo com a Dinamarca nos pênaltis (5-4, após um 1-1) em 1993.
- Argentina e Itália se encontraram 15 vezes em sua história, com quatro vitórias dos argentinos, seis para os italianos e cinco empates. No entanto, a Argentina está invicta nos últimos cinco jogos (3V e 2E), sendo a última derrota em junho de 1987 (1-3).
- Argentina está invicta em seus últimos 31 jogos disputados, contando amistosos e Eliminatórias Sul-Americanas (20V e 11E), igualando a maior racha invicta de sua história, de fevereiro de 1991 a agosto de 1993 (18V e 13E)
- Após 13 vitórias entre novembro de 2020 e julho de 2021, a Itália venceu apenas três das últimas 11 partidas disputadas (6E e 2D), além de perder em dois dos últimos seis jogos (2V e 2E), a mesma quantidade das 42 primeiras partidas com Roberto Mancini como diretor técnico
- Argentina leva cinco jogos sem vencer equipes europeias (2E e 3D), sofrendo 16 gols nessas partidas (média de 3,2). A última vitória da ‘Albiceleste’ (ARG) contra uma seleção do Velho Continente foi justamente contra a Itália (2 a 0 em 2018).
- Argentina disputou oito partidas em Londres obtendo apenas um triunfo na última partida disputada na capital inglesa: 2 a 1 para a Croácia em 2014 (3E e 4D). Itália disputou 16 jogos nessa cidade com três vitórias, sete empates e seis derrotas.
- O único jogador entre os convocados para esta partida que marcou gol em qualquer um dos confrontos anteriores entre Argentina e Itália é Lorenzo Insigne, em 14 de agosto de 2013, na vitória por 2 a 1 para a Argentina após um passe do argentino (naturalizado italiano) Daniel Osvaldo.
- Será a segunda partida da seleção argentina comandada por Lionel Scaloni contra um rival europeu, o único precedente foi o empate por 2 a 2 contra a Alemanha em 2019.
- Lionel Scaloni nunca enfrentou um jogo entre Itália e Argentina, como treinador ou jogador. As duas vezes que enfrentou seleções europeias como jogador de futebol foram sem vitória: 2-2 contra a Alemanha e 1-2 contra a Hungria, ambas em 2005.
OPTA