A Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) premiou a campeã mundial Argentina com US$ 10 milhões pela histórica e emocionante vitória na Copa do Mundo no Catar. A terceira estrela da Albiceleste e a décima copa do nosso continente, servirão como justificativa para a candidatura sul-americana para 2030.
Sendo assim, a Associação Argentina de Futebol (AFA) ganhou o prêmio de US$ 10 milhões prometido pela CONMEBOL caso um representante sul-americano vencesse o mundial no Catar. A “Albiceleste” derrotou a França por 4 a 2 na cobrança de pênaltis no domingo, 18 de dezembro, após uma emocionante vitória por 3 a 3 no tempo regulamentar.
É a terceira Copa do Mundo da Argentina e a décima do continente. O troféu voltou à América do Sul após 20 anos e servirá de base para uma nova candidatura à Copa do Mundo de 2030.
O presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, havia prometido este prêmio especial após ser reeleito em abril de 2022.
Logo após o término da final e da entrega de medalhas e troféus, Domínguez manifestou a sua satisfação. “Assistimos uma das finais mais emocionantes da história, o toque final de uma Copa do Mundo inesquecível”, disse ele.
E acrescentou que “a Taça voltou para casa, a Argentina é uma seleção que realizou o sonho de todo um continente. Estamos extremamente orgulhosos desta seleção.”
Argentina acrescentou assim uma nova estrela à sua camisa, após os títulos de 1978 e 1986 e o décimo para o continente, considerando as duas conquistas do Uruguai (1930 e 1950) e as cinco do Brasil (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002 ).
– De olho em 2030 –
A vitória argentina também é um marco importante para consolidar a candidatura sul-americana à organização da Copa do Mundo de 2030. Estados Unidos, México e Canadá sediarão a Copa do Mundo em 2026, mas a CONMEBOL tem o firme desejo de organizar o torneio global no centenário das Copas do Mundo da FIFA.
A CONMEBOL promove fortemente a candidatura conjunta de Uruguai, Argentina, Paraguai e Chile. Aliás, essa candidatura já foi apresentada em agosto de 2022. A iniciativa 2030 se originou do Uruguai e da Argentina, e posteriormente se juntaram Chile e Paraguai.
Para Domínguez é mais do que claro: “Em 2030 completam-se 100 anos desde a primeira edição e o Mundial tem de regressar às origens. Devemos honrar a memória daqueles que ‘acreditaram sempre’ e apostaram na organização de uma Copa do Mundo da América do Sul pela primeira vez”, afirmou.
O presidente da CONMEBOL acredita que se trata de algo que vai além do esporte em si: “Essa candidatura nos enche de orgulho, porque nos ensina a jogar em equipe, e isso foi muito bem entendido pelos três países que se juntam ao Uruguai, pelo simbolismo que representa por ser o berço do que hoje conhecemos como a maior festa do futebol”.
A seleção uruguaia, que vinha de duas vitórias olímpicas consecutivas em 1924 e 1928, conquistou o primeiro campeonato mundial ao vencer a Argentina por 4 a 2 no mítico Estádio Centenário de Montevidéu, criado para aquela Copa e hoje um monumento histórico do futebol.
Esse cenário foi recentemente modernizado graças a um investimento da CONMEBOL e sediou as finais da CONMEBOL Libertadores e da CONMEBOL Sudamericana em 2021.
