- As instituições se comprometem a realizar ações conjuntas para combater o racismo, a discriminação e a xenofobia no futebol.
- As ações serão realizadas no âmbito da campanha da CONMEBOL “Basta de Racismo”.
A Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), o Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos do MERCOSUL (IPPDH) e o Governo do Paraguai estão lançando uma iniciativa conjunta contra o racismo, a discriminação e a xenofobia no futebol, a ser implementada durante os jogos da CONMEBOL Libertadores e Sudamericana 2024.
No âmbito da campanha “Basta de Racismo”, iniciada pela CONMEBOL em 2022, estas ações buscam destacar o futebol como expressão social unificadora e identidade do MERCOSUL, enfatizando a união, a inclusão e a identidade sul-americana que o futebol também representa.
“O futebol é uma parte fundamental do DNA cultural do nosso continente e também é um grande disseminador de valores positivos: trabalho em equipe, esforço coletivo como um caminho para os objetivos, respeito e valorização do adversário. Esse esporte pelo qual somos apaixonados deve ser um fator de união e tolerância. A CONMEBOL está comprometida com essa visão e trabalhamos todos os dias para banir do futebol todas as expressões de racismo e discriminação”, disse Alejandro Domínguez, Presidente da CONMEBOL.
“É necessário promover o respeito aos direitos humanos também no esporte e pôr fim a todos os tipos de violência ligados ao futebol, dentro e fora dos estádios, sejam eles praticados por particulares ou funcionários públicos. O futebol nos identifica como região. O futebol é companheirismo e solidariedade; faz parte da identidade sul-americana e desse processo de integração regional. Do IPPDH, apelamos para a construção de um futebol cheio de paixão, sem discriminação, racismo ou xenofobia”, disse a Diretora Executiva do IPPDH, Andressa Caldas.
“O Ministério da Justiça do Paraguai, na qualidade de coordenador da Rede de Direitos Humanos do Poder Executivo, adere com firme convicção à iniciativa que visa combater o racismo, a discriminação e a xenofobia no futebol, um esporte que transcende fronteiras e une milhões de paraguaios. Acreditamos firmemente que o futebol, além de ser um esporte, é uma ferramenta poderosa para construir uma sociedade mais justa, onde cada indivíduo pode desfrutar desse espetáculo em um ambiente livre de discriminação e respeito mútuo”, comunicou oficialmente o Ministério da Justiça do Paraguai.
Com base na articulação feita pelo Governo do Paraguai, a CONMEBOL e o IPPDH MERCOSUL estão avançando em um trabalho conjunto do qual esta iniciativa é o primeiro passo e consiste em uma série de mensagens que serão divulgadas nas redes sociais.
As instituições também concordaram em realizar uma campanha regional em 2025 para convocar, capacitar e conscientizar clubes, torcedores, jogadores, árbitros, jornalistas, agentes de segurança e o público em geral sobre essa questão; bem como avançar em ações para promover a sanção, a penalização e/ou o julgamento de casos de discriminação racial em todos os países da região e na eliminação da violência dentro e fora dos estádios.
A campanha “Basta de Racismo” tem como objetivo conscientizar e educar os torcedores e jogadores dentro do campo de jogo, buscando salvaguardar a dignidade humana e erradicar o racismo, a violência e a discriminação no futebol sul-americano, preservando os valores de companheirismo, espírito esportivo e competição saudável.
A cor da pele, raça, nacionalidade e costumes não podem ser usados como desculpa para provocações. Qualquer comportamento que possa prejudicar a coexistência pacífica dos seres humanos é inaceitável. As diferenças tornam os seres humanos únicos, e esse é o valor que deve ser exaltado, sempre unidos pela mesma paixão em cada partida, em cada gol, em cada abraço e comemoração, deixando claro que o futebol inclui, não separa.
Sobre o IPPDH MERCOSUL
A missão do IPPDH MERCOSUL é contribuir para o fortalecimento da democracia e dos direitos humanos como pilares fundamentais da identidade sul-americana e da integração regional por meio da cooperação técnica para a coordenação de políticas públicas.
O trabalho do IPPDH se concentra em assistência técnica; formação e capacitação; pesquisa e gerenciamento de informações; diálogo e participação; e comunicação e cultura de direitos humanos.