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Dunga adverte que o Brasil tem que se sobressair pela qualidade e não por outras questões…

Cinco dias depois de ser nomeado selecionador do Brasil, Dunga deixou claro em duas entrevistas que continua sendo o mesmo técnico estrito que comandou a Seleção entre 2006 e 2010, e criticou a exposição da equipe durante a Copa, bem como o desequilíbrio emocional mostrada pelos jogadores.

Cinco dias depois de ser nomeado selecionador do Brasil, Dunga deixou claro em duas entrevistas que continua sendo o mesmo técnico estrito que comandou a Seleção entre 2006 e 2010, e criticou a exposição da equipe durante a Copa, bem como o desequilíbrio emocional mostrada pelos jogadores.

Durante a entrevista, por diversas vezes ele retoma o assunto exposição, mesmo quando a pergunta não era diretamente ligada ao tópico. Por exemplo, quando interrogado sobrea David Luiz, zagueiro dono de péssima atuação na goleada sofrida para a Alemanha, por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo. “Ninguém tem lugar garantido na seleção. Jogador tem que jogar pelo que faz em campo, não pela imagem que vende”, disse.

Antes, já havia citado o marketing extra-campo como um dos problema que deseja evitar. “O foco maior tem que ser a seleção brasileira. Dar entrevista? É com o chapeuzinho da seleção. Ou não dá. Tem que ter o marketing pelo futebol, pela qualidade. O Brasil tem que falar do que faço no campo do que do extra-campo”, afirmou. 

Para ele, essa exposição dificulta aos técnicos serem duros com seu jogadores: “Qualquer grupo eu não tenho que ficar intimidado de chamar a atenção. Não tem esse negócio. Se você vai perder eu também vou perder. Tá faltando isso no futebol em geral, no Brasil. Todo mundo tem grande exposição, e isso deixa com medinho de dar bronca, mandar para aquele lugar, chamar atenção do outro.”

Sobrou até para os cabelos descoloridos de Neymar e Daniel Alves, que ficaram loiros durante o Mundial. “Sem dúvida (falaria pra não pintar). Tem que ser antes ou depois”, criticou.

O técnico também comparou a preparação da seleção brasileira com duas outras equipes que foram longe na Copa: Alemanha e Holanda. Os alemães ficaram na Bahia e fizeram sucesso com o povo brasileiro ao apareceram na mídia deixando claro que estavam curtindo o país; já os holandeses ficaram no Rio de Janeiro e aproveitaram praias e baladas da cidade.

Para Dunga, o detalhe que diferencia as duas preparações da brasileira é que a exposição ocorreu apenas fora dos treinos, diferentemente do visto na Granja Comary, concentração da seleção: “Eu acho que em certo momento a seleção tem que ter privacidade. Só que eles (holandeses e alemães) tinham fora do muro deles, aí sim tinha a exposição na mídia. No treinamento teve pouca.”

‘Homem não chora’

Dunga quer um time que não chore nem lamente publicamente a ausência de um craque. E não pretende pedir ajuda de um psicólogo para colocar a cabeça dos atletas no lugar.

Em entrevista à edição desta semana da revista Veja, o novo velho técnico da Seleção Brasileira disse que a imagem deixada pelos jogadores brasileiros porchorarem em campo durante a Copa do Mundo foi negativa — o treinador colocou em dúvida a eficiência do trabalho de psicólogos no futebol. 

“Uma cena de choro como a do jogo contra o Chile pega mal no meio do futebol. Nós somos machistas, temos aquela coisa de que homem não chora”, disse o técnico.

Ao Fantástico, o técnico revelou ainda não ter pronta a lista da primeira convocação, para os amistosos contra a Colômbia e Equador, no início de setembro. Há três nomes para cada posição, segundo ele. Atletas jovens que se destacam na Europa e no Brasil já são observados — Atlético de Madrid e Cruzeiro foram times com boas campanhas citados. O único nome garantido por Dunga foi uma obviedade: Neymar. Mas o treinador foi rápido ao responder se o Brasil continuaria jogando em função do atacante do Barcelona:

Dunga disse não saber se o trabalho de psicólogos pode resolver problemas dos atletas.

“Não sei se psicólogo resolve. Nada contra, mas somos desconfiados, temos sempre o pé atrás. Dificilmente um jogador vai se abrir em cinco minutos. A primeira coisa que pensa é: “Será que ela vai contar ao treinador o que eu falei?” — refletiu.

Nas duas entrevistas ele criticou a decisão de alguns jogadores de usarem bonés com a frase “Força, Neymar” antes da semifinal contra a Alemanha. O principal jogador da Seleção não participou da histórica goleada por 7 a 1 por estar machucado.

“Se vamos para a guerra, não podemos ficar chorando perdas. Temos é que dar força ao soldado que entrou no lugar”, concluiu.

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